Leitura do Filme O conde de Monte Cristo relacionando com a obra O Principe

O Filme O Conde de Monte Cristo basicamente retrata a vida de um jovem marinheiro chamado Edmond Dantés. No entanto, surge uma conspiração criada por seu amigo Fernand Mondego que no decorrer do filme se mostra bastante invejoso. Tal conspiração ocasionou a prisão por catorze anos de Edmond. O que ninguém esperava era que no decorrer desses anos ele conseguiria sair da prisão, com uma sede de vingança que não pouparia nenhum dos responsáveis pela sua tragédia.
Existem alguns elementos perceptíveis no personagem do filme (Edmond Dantés) que se assemelham aos aspectos que Maquiavel trata em sua obra O Príncipe. Dentre estas características podemos citar que para Maquiavel o príncipe precisa se valer do animal e do homem que há dentro dele, o combate por meio das leis, próprias dos homens; e o combate pelo uso da força, própria dos animais. Maquiavel explicita: “é preciso ser raposa para conhecer as armadilhas e leão para atemorizar os lobos”. Tal citação podemos perceber nas cenas em que Edmond articula suas estratégias de vingança com astúcia, inteligência e garra contra aqueles que causaram toda conspiração e posteriormente a sua prisão.
Maquiavel ainda fala que “o príncipe deve ter como único objetivo e pensamento a arte da guerra, sua organização e a sua disciplina” no filme Edmond pede para ser treinado pelo abade Faria um padre que ele conhece na prisão do castelo de If, tanto um treinamento intelectual até artimanhas de guerra e luta de espadas. Ainda sobre as cenas de treinamento de Edmond, segundo Maquiavel para o príncipe se comportar como um sábio é necessário em tempos de paz ficar longe da ociosidade, pois ele pode aproveitar deste tempo para investir na prevenção “contra possíveis adversidades da sorte a fim de estar preparado para enfrentá-las”.