Leis de Newton
LEIS DE NEWTON E SUAS APLICAÇÕES
1. INTRODUÇÃO
Como pode um rebocador pequeno rebocar um navio muito mais pesado do que ele? Por que ele precisa de uma longa distância para parar o navio depois do início do movimento? Por que seu pé se machuca mais quando você chuta uma rocha do que quando chuta uma bola de futebol? Por que é mais difícil controlar um carro que se desloca sobre uma pista de gelo do que quando ele se desloca sobre uma pista de concreto seco? As respostas a essas e outras questões semelhantes nos conduzem ao estudo da dinâmica, a relação entre o movimento e a força que o produz. Nos capítulos anteriores, estudamos a cinemática, a linguagem para descrever o movimento. Agora estamos aptos a entender o que faz os corpos se moverem da maneira como eles o fazem.
Neste capítulo, para analisarmos os princípios da dinâmica, usaremos as grandezas deslocamento, velocidade e aceleração juntamente com dois conceitos novos, força e massa. Esses princípios podem ser sintetizados em um conjunto de três afirmações conhecidas como leis de Newton do movimento. A primeira afirma que, quando a força resultante que atua sobre um corpo é igual a zero, o movimento do corpo não se altera. A segunda lei de Newton relaciona a força com a aceleração quando a força resultante que atua sobre um corpo não é igual a zero. A terceira lei é uma relação entre as forças de interação que um corpo exerce sobre os outros. Essas leis, baseadas em estudos experimentais do movimento de um corpo, são fundamentais sob dois aspectos. Em primeiro lugar, elas não podem ser deduzidas ou demonstradas a partir de outros princípios. Em segundo lugar, elas permitem nosso entendimento dos tipos mais comuns de movimento; elas são o fundamento da mecânica clássica (também conhecida como mecânica newtoniana). Contudo, as leis de Newton não são universais: elas necessitam de modificações para