Leia o artigo sobre Heidegger, publicado na revista Cult (março de 2001), disponível Aponte o que mais chamou sua atenção e faça um breve comentário.
A sua questão fundamental não é o homem, mas sim o ser, não só do homem como de todas as coisas. Uma Filosofia que colocasse o homem como centro de preocupação seria antes uma Antropologia.
Heidegger afirma que, a questão que lhe preocupa não é a existência do homem e sim a questão do ser em seu conjunto e enquanto tal. Assim, o principal objetivo da obra Ser e Tempo é investigar o sentido do ser. Para efetuar tal tarefa, começou investigando o ser que nós próprios somos. O pensamento filosófico de Martin Heidegger, em sua visão antropológica, desvela a essência do homem e seu significado existencial. Vemos em Heidegger que a essência do homem depende de sua relação com o ser, não de algum tipo de racionalidade. O homem é dotado de racionalidade, porém não é isso que define a sua essência. Na visão heideggeriana, a essência do homem reside na sua ek-sistência e a ek-sistência é a clareira do ser. Portanto, a essência do homem é relação com o ser.
Tradicionalmente, o homem é visto como envolvendo três constituintes: o corpo (Leib), a alma (Seele, o princípio animar, responsável por estarmos vivos e por nossa vida mais baixa, apetitiva e emocional), e espírito (Geist, nossa razão "capacidade de dizer eu"). Heidegger desconsidera essa compreensão tradicional do homem, pois a Antropologia, o estudo do homem, anthropos, tenta então reunificar o homem. O seu erro, no entanto, foi tratá-lo como um ente dotado de uma natureza intrínseca bem própria, destituído de sua