Teoria da Literatura
Segundo Costa Lima, os críticos estruturalistas franceses, são bons escritores, mas não críticos. Dizia que Barthes cultuava muito sua beleza e isso o atrapalhava em suas análises textuais. Ele era um crítico espelho, ou seja, fala mais de si mesmo, do que propriamente do texto. Barthes estudava e analisava o texto de um ponto de vista estruturalista, mas não a partir da língua e sim da linguagem do discurso.
O entrevistado deixa clara a preferência pela obra de Lévi-Strauss pelo fato de ser um estruturalismo voltado para o estudo das questões humanas; também pelas críticas feitas dentro da própria corrente textualista ou em outras áreas. Esse autor era conservador e mais radical. Strauss não aceitava o posicionamento de Roland Barthes. E consequentemente, Costa Lima, sendo discípulo de Strauss, o rejeitou também.
Correto. Barthes, diferentemente de outros estruturalistas dava grande importância à linguagem, destacando o discurso literário como meio de análise. Como sabemos, o estruturalismo se aproxima em vários momentos de outras escolas literárias que o precederam; sendo assim, nesse período, o texto ainda era estudado por si só, não sendo relevantes aspectos exteriores ao texto como o contexto histórico. Barthes estudava e analisava o texto de um ponto de vista estruturalista, mas não necessariamente a partir da