lazer
O lazer é, hoje, assumido como um atributo de progresso civilizacional, na medida em que são as sociedades mais desenvolvidas que têm mais expressões de lazer. O progresso civilizacional, por sua vez, levou também ao progresso na mecanização da produção e, consequentemente, ao aumento da produção mas não, curiosamente, da mão-de-obra. Deu assim mais tempo para as pessoas consumirem- surge o consumo de massas.
O lazer implica lucros, rendimentos e despesas e, por isso, tem um valor económico. Deste modo, e devido ao seu valor nas sociedades, é uma actividade económica privilegiada da existência humana, sendo um elemento fundamental no que diz respeito à qualidade de vida. Ao estar associado ao progresso está também associado a uma elite. Antes quem usufruía do lazer eram as classes com mais posses. Agora, ainda que todos tenham acesso ao lazer, não fazem da mesma forma (quanto mais dinheiro, mais e melhor lazer).
Cada pessoa pode, em função dos seus meios económicos, gostos, objectivos e desejos, determinar o modo como utiliza o seu tempo livre, e nele inserir as suas escolhas pessoais de prazeres e satisfações. No entanto, ainda que indirectamente, tudo o que escolhemos fazer e adquirir já está previamente escolhido. Surgem daqui dois conceitos distintos mas, ao mesmo tempo, com semelhanças: alienação-está associada ao tempo em que não conseguimos tomar decisões pois alguém já as tomou por nós; e livre-arbítrio-