Larvas
Algumas rodófitas são ricas em metabólitos bioativos secundários, ou seja, substâncias capazes de serem metabolizadas em outros organismos.
Sobretudo em Laurencia spp., pode-se encontrar metabólitos de bastante utilidade, como:
- Lauriterol: agente bactericida que também induz a morte de células (opoptosis) de melanoma, e;
- Laurebiphenyl: também eficaz no combate a células de câncer.
Além disso, essas algas mostraram um potente poder inseticida.
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Dengue
A Organização Mundial da Saúde considera a dengue uma prioridade da saúde pública em nosso
país.
As medidas normalmente tomadas combatem o mosquito, mas há um crescente aumento na resistência dos mesmos em relação aos inseticidas usados.
Diante desta situação e com base em estudos diferentes envolvendo rodófitas e seus agentes larvicidas, o artigo "Larvicidal activities of seaweeds from northern Brazil and of halogenated sesquiterpine against the dengue mosquitos (A. aegypti)" (2012, UFPE) trata da atividade de quinze
(15) extratos obtidos de algas coletadas no nordeste do país e de seus promissores potenciais larvicidas. A dengue é causada por quatro variedades de vírus, pertencentes à família dos arbovírus.
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Processo
a. Material algal
Quinze espécies de algas vermelhas, verdes e marrons foram coletadas, à maré baixa, em
Pernambuco no ano de 2009. Logo após a coleta, as amostras foram limpas e deixadas secar.
b. Preparação de extratos
Com as algas já secas, macera-se as algas com solvente (diclorometanol/metanol 2:1). Esse processo foi repetido cinco vezes ao longo de quinze dias e depois fez-se o solvente evaporizar. O produto deste processo é o que foi utilizado contra as larvas do A. aegypti.
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Bioensaio larvicida
Uma população de A. aegypti foi mantida sob condições ideais em laboratório e seus ovos eclodiram em água destilada. As larvas foram rearranjadas e alimentadas. Só então foi usada a solução com substâncias larvicidas