landart

Na década de 60 um novo olhar artístico surgia, a paisagem antes vista como um objeto figurativo suscetível a inspirar artistas à inseri-las em superfícies alheias, começam a adentrar este espaço como superfície artística, e transformam sua macro- tridimensionalidade em uma variável na concepção de onde está a arte.
As "Earthworks" ou "Land Art" introduzidas por Michael Heizer, Robert Smithson, Walter de Maria e Robert Morris. Suas idéias diziam que a escultura deveria levar em conta as reais proporções se tratando de paisagens, e que tão importante e criador quanto um objeto artístico está o olhar artístico, e que o mesmo por si já é uma criação.
A "Earthworks" segue um paralelo em contrapartida com a Pop Art, ao passo que uma preza a comerciabilidade e a reprodução artística, a "Earthworks" não pode ser comercializada, pois a obra fica quase sempre intrinsecamente ligada á sua superfície (localização dentro da paisagem), deixando assim que sua observação artística seja presenciando a obra ou através da fotografia e vídeo.
Na Inglaterrao escultor Richard Long participou de uma de uma movimentação semelhante, apesar de não aceitar alcunha "land artist"assumia a influêcia da "Land Art", tendo como diferencial uma intervenção mínima que dispensava aparatos para compor sua paisagem/obra , o caminho percorrido pelo artista quando sinalizado vira arte demonstrando uma trajetória de contemplação, demonstrando-se assim um sinalizador de que ali houve uma contemplação artística que se personificou em obra.
A queda do dogmatismo na arte nos mostra que a arte vai muito além do objeto, ela pode ser criada apenas pela sua observação e pode muitas vezes transcender às limitações do artista. Ela pode até ser respirável.

Allan Pinto dos Santos
Artes visuais (not) turma04 Guarapari, 06 de novembro de 2013