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Entra em Cena o Comerciante
12/02 – A Importância do Comércio e das Cidades
HOJE em dia, poucas pessoas abastadas guardam cofres cheios de ouro e prata. Quem tem dinheiro não deseja guardálo, mas sim movimentá-lo, buscando um meio lucrativo de investi-lo. Tenta achar onde colocar seu dinheiro, de forma a ter uma retirada proveitosa, com o juro mais alto. O dinheiro pode ser aplicado em negócios, em ações de uma companhia siderúrgica; pode ser.empregado na aquisição de apólices do governo,ou num sem-número de outras coisas. Hoje, há mil e uma maneiras de se aplicar capital, na tentativa de obter mais capital.
Mas logo no início da idade Média, tais portas não estavam abertas aos ricos. Poucos tinham capital para aplicar, e as que o possuíam pouco emprego encontravam para ele. A Igreja tinha seus cofres cheios de ouro e prata, que guardava em suas caixas-fortes ou utilizava para comprar enfeites para os altares. Possuía uma grande fortuna, mas era capital estático, e não continuamente em movimentação, como as fortunas de hoje. O dinheiro da Igreja não podia ser usado para multiplicar sua riqueza, porque não havia saída para ele. O mesmo acontecia à fortuna dos nobres. Se qualquer quantia ia ter às suas mãos, por impostos ou multas, os nobres não podiam investi-la em negócios, porque estes eram poucos. Todo o capital dos padres e dos guerreiros era inativo, estático, imóvel, improdutivo. Mas, não se necessitava diariamente de dinheiro para adquirir coisas? Não, porque quase nada era comprado. Um pouco de sal, talvez, e algum ferro. Quanto ao resto, praticamente toda a alimentação e vestuário de que o povo precisava eram obtidos no feudo. Nos primórdios da sociedade feudal, a vida econômica decorria sem muita utilização de capital. Era uma economia de consumo, em que cada aldeia feudal era praticamente auto-suficiente.
Se alguém perguntar quanto pagamos por um casaco novo, a proporção é de 100 para 1 como você responderá em termos de