Ladeira Porto Geral
Ao lado de outras denominações de origem popular, como as ruas "Direita", "Boa Vista" ou "da Quitanda", sobreviveu, na colina histórica de São Paulo, o nome da "ladeira Porto Geral". Principal caminho para o rio Tamanduateí ao tempo em que este corria ao lado da rua Vinte e Cinco de Março, a ladeira, por isso mesmo, foi chamada inicialmente de "caminho que vai para o Tamanduateí", e isso por volta de 1780. Não obstante, e como era muito comum nos séculos XVII e XVIII, ela era ainda conhecida por diversos nomes como "beco do Barbas" (referência a um antigo barqueiro que residia nas imediações), "beco da Barra",”beco da Barça” e "beco do Quartim" (referência a Antônio Maria Quartim, proprietário de uma chácara na região). Posteriormente, recebeu a denominação de "porto Geral de São Bento", e isso por dois motivos: o primeiro deles deve-se ao fato de que o "porto", além de ficar nas proximidades do Mosteiro de São Bento, era também muito utilizado como atracadouro para as canoas carregadas de mercadorias provenientes das fazendas de São Caetano e que pertenciam ao Mosteiro. A designação "Porto Geral", por sua vez, deve-se ao fato de que este não era o único porto no rio Tamanduateí. Existiam ainda o da "Tabatinguera" , mais abaixo, o da "Figueira" e o do "Coronel Paula Gomes". Porém, e em pouco tempo, o de "São Bento" passou a ser o mais importante da região, visto que nele é que atracava o maior número de canoas recheadas de mercadorias vindas dos sítios e das roças ribeirinhas e das olarias de São Bernardo. Nesse sentido, o povo passou a chamá-lo de Porto Geral, pois ele era o principal da Cidade. O "Porto Geral" se tornara, pois, um centro de grande atividade comercial, apresentando-se sempre cheio de tropas e mercadores. E tudo isso até 1848, quando então o rio Tamanduateí começou a ser retificado. O golpe final veio em 1896 com o término daquelas obras que redundou no desaparecimento do "porto". Permaneceu, porém, o seu nome como que a chamar a nossa