Lacan-O complexo de Édipo
Entre o fim do século XIX e início do século XX, Freud cria a teoria da sexualidade e a publica em 1905 em sua obra denominada Três Ensaios Sobre a Teoria da Sexualidade, em que abordou temas polêmicos sobre homossexualidade, bissexualidade, preferências e práticas sexuais, sadismo, etc. Esta obra e seus pensamentos causaram grande impacto na sociedade da época; uma sociedade que vivia e se comportava de acordo com uma falsa moral e costumes sustentados por uma hipocrisia reinante.
No segundo dos três ensaios sobre a teoria da sexualidade, Freud propõe que todo indivíduo, desde seus nascimento, funcionaria como se fosse uma espécie de depósito de energia sexual. Energia essa em constante produção ou renovação (o homem seria uma espécie de represa). Porém, essa energia teria que ser de alguma forma, gasta, utilizada. Se ficar reprimida ou represada vai chegar ao momento com que as paredes da represa não irão agüentar a pressão e aí irão se romper e essa energia irá tomar caminhos indesejáveis, imprevistos e desordenados, causando no indivíduo comportamentos considerados patológicos.
De acordo com o desenvolvimento do ser, essa libido ou energia sexual se escoa por determinados canais que Freud descreve como fase anal, oral e fálica. Todas essas experiências passam por uma espécie de amnésia ou esquecimento em um período de tolerância. Para ele qualquer parte do corpo poderia ser erotizado, ou seja transformada em canal para dar vazão aquela energia libidinal e não se restringindo apenas ao órgão genital. Essa libido poderia ser subjetiva quando voltada para si (uma relação do sujeito com ele mesmo) ou objetiva quando se para