KPMG BM 34 Sustentabilidade
SUSTENTABILIDADE
Além da
responsabilidade corporativa Avaliação de materialidade pode se tornar uma importante ferramenta para a descoberta de tendências de negócios
A
avaliação de materialidade representa um grande desafio aos gestores durante o processo de desenvolvimento de relatórios de sustentabilidade, já que o cenário de preparação e divulgação desse tipo de descritivo tem se tornado bastante complexo. “As estruturas conceituais de relatórios se multiplicam e evoluem, e as regulamentações se tornam cada vez mais exigentes”, afirma
Ricardo Zibas, diretor da prática de
Mudanças Climáticas e Sustentabilidade da KPMG.
De acordo com o guia “Insights sobre a Sustentabilidade: os princípios básicos da avaliação da materialidade”, desenvolvido pela KPMG, das 250 maiores companhias do mundo
(por receita) que definem temas de materialidade em seu relatório de sustentabilidade, 41% não explicam o processo utilizado. Além disso, menos da metade (45%) explica claramente como a contribuição das partes interessadas é usada para identificar temas materiais.
“Muitas empresas entendem os princípios de materialidade na teoria, mas enfrentam dificuldades para elaborar e implementar um processo de avaliação robusto na prática”, comenta Zibas.
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A materialidade é o principal item da quarta versão das diretrizes estabelecidas pelo Global Reporting
Initiative (GRI) para o desenvolvimento do relato corporativo e possibilita identificar os tópicos sociais, ambientais e de governança de maior importância para uma empresa e seus stakeholders.
Dada a relevância do tema, muitas empresas têm se debruçado para rever e atualizar seus processos para definição de materialidade. A decisão é acertada, na opinião dos responsáveis pelo desenvolvimento do guia, de modo que a avaliação da materialidade pode ser utilizada como uma estratégica ferramenta de trabalho que vai além da responsabilidade corporativa demonstrada nos relatórios de sustentabilidade.