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O REGIME MILITAR (1964-1985)

O general Castello Branco assumiu a Presidência da República em 1964, no período do regime militar, e tratou de tomar direcionamentos para desmantelar os princípios que regiam a Política Externa Independente no Brasil. Em conjunto com o ministro das Relações Exteriores Vasco Leitão da Cunha tomou alguns direcionamentos, segundo Amado Luiz Cervo em seu livro História da Política Externa no Brasil (2002) como a bipolaridade, com tendências ao alinhamento com o ocidente, interdependência, segurança coletiva, aproximação com os Estados Unidos, abertura econômica, anticomunismo e geopolítica e abertura ao capital estrangeiro. Seu governo foi marcado por contradições, pois apesar do alinhamento com o ocidente e os Estados Unidos, o país não aderiu a nenhuma política das grandes potências. O período foi marcado pelo uso da política externa como instrumento do poder a serviço prioritário do interesse nacional e limitada soberania, sob o conceito de segurança coletiva.
O governo Costa e Silva sucedeu a presidência em 1967 como uma política de correção de rumos reformulando as bases do comércio internacional e ampliando as pautas e mercados para a exploração brasileira, adquirindo ciência e tecnologia necessárias à independência econômica e aumentando o fluxo financeiro, para empréstimos e investimentos, de origem mais diversificada (Idem, p. 382, 2002). Portanto, o desenvolvimento passou a ser concebido como responsabilidade nacional, em sentido realista e sem espaço para alinhamentos ou oposições ideológicas, recuperando a autonomia e soberania da nação brasileira, desvinculando a segurança coletiva da soberania e incorporando o nacionalismo (idem, p. 385, 2002).
Já os anos de 1967 a 1979 foram marcados pelo pragmatismo em favor de parcela de decisão cada vez maior no sistema internacional, pelo princípio da flexibilidade e agilidade em direção à consolidação da indústria de base (idem, p. 391, 2002). Nesse período, o governo