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“3.5.2. Os conceitos de elasticidade e de multiplicador
A actividade turística fomenta o desenvolvimento de consumos primários directos, feitos pelos turistas, e induz ou provoca os chamados consumos secundários, que se reflectem em aumentos do rendimento, do emprego, do produto, das importações e das receitas do Estado. Diversos autores definem os conceitos de elasticidade e de multiplicador em turismo, nomeadamente Cooper et al. (2001), Jamal et al. (1998), Sancho et al. (1998), Lage e Milone (1998), Silva (1991), entre outros. Se considerarmos o efeito multiplicador do turismo, este tem impacto imediato nas chamadas despesas turísticas (e. g., alimentação e bebidas, alojamento, circuitos, entretenimento, recordações, compras, visitas). Numa segunda fase, no processo de multiplicador surgem as despesas secundárias (e. g., reposição dos stocks, comissões, gratificações, impostos sobre o consumo e o rendimento, remunerações do trabalho, despesas de marketing, rendas, seguros). Estamos perante efeitos económicos directos, indirectos e induzidos, que se reflectem nas receitas do Estado, nas vendas das empresas locais e no aumento dos rendimentos da população residente. O conceito de multiplicador revela-se importante em turismo, nomeadamente:
O multiplicador do rendimento: traduz-se numa variação do rendimento interno causada pela variação inicial dos consumos dos turistas;
O multiplicador do emprego: representa uma variação de ofertas de emprego ocasionada pela variação inicial dos consumos dos turistas;
O multiplicador do produto: demonstra uma variação do produto causada pela variação inicial dos consumos turísticos;
O multiplicador das importações: indica o valor associado às importações de bens e serviços em cada unidade de consumo adicional dos turistas; e,
O multiplicador das receitas do Estado: representa o montante de