Kepler E As Rbitas El Pticas

Kepler e as Órbitas Elípticas Kepler acreditava profundamente no sistema de Copérnico. Em retrospectiva, a razão porque a órbita de Marte era particularmente difícil de interpretar, era que Copérnico tinha colocado corretamente o Sol no centro do Sistema Solar, mas tinha errado ao assumir que as órbitas dos planetas eram circulares. Assim na teoria de Copérnico os epiciclos ainda eram necessários para explicar alguns detalhes do movimento dos astros. Kepler ficou responsável de achar a peça final do quebra cabeça. Depois de uma longa luta, onde tentou sem sucesso evitar a sua eventual conclusão, Kepler foi finalmente forçado a assumir que as órbitas dos planetas não eram círculos, como tinha exigido Aristóteles e assumido Copérnico, mas elipses. A ironia de que se fala acima reside no fato de que as dificuldades na interpretação da órbita de Marte resultavam precisamente do fato da órbita de Marte ser a mais elíptica de entre os planetas de que Tycho tinha dados mais extensivos. Inconscientemente, Tycho Brahe tinha dado a Kepler precisamente os dados que eventualmente lhe permitiriam formular a correta teoria do Sistema Solar e, portanto, destruir a sua própria teoria.

Algumas Propriedades das Elipses
Uma vez que as órbitas dos planetas são elipses, vamos ver algumas das suas propriedades básicas.

1. Para uma elipse existem dois pontos chamados focos tal que a soma das distâncias do foco a qualquer ponto da elipse é uma constante. a + b = constante que define a elipse em termos das distâncias a e b.

2. Um conceito importante nas elipses é a excentricidade. Na figura abaixo as elipses tornam-se mais excêntricas da esquerda para a direita. Um círculo pode ser visto como um caso especial de uma elipse com excentricidade zero, enquanto as elipses se tornam mais excêntricas o valor quantitativo desta grandeza aproxima-se de um. Assim, todas as elipses têm excentricidades com valores compreendidos entre zero e um.

As órbitas dos planetas são elipses, mas as