Karl Marx
Contrariando os diversos filósofos das correntes racionalista e idealista, existentes ao longo da história – dentre os quais pode-se citar Platão e Descartes -, Marx possuía uma visão materialista da sociedade. Marx expôs, em sua teoria, a maneira com a qual os indivíduos se organizam para produzir bens necessários à vida e, até mesmo, a forma com que essa produção é realizada, é que, segundo ele, determina as formas de pensamento desse grupo, tais como a arte, a ciência, a religião, a filosofia, a lei etc.
Para os marxistas, o materialismo é a arma é possível abolir a filosofia como instrumento especulativo da burguesia (o idealismo) e fazer dela um instrumento de transformação do mundo a serviço do proletariado (força de trabalho).
O marxismo gira em torno de dois conceitos importantes: a infraestrutura, composta pelos meios materiais de produção (meios de produção e força de trabalho); e a suprestrutura, que compreende as esferas política, jurídica e religiosa, ou seja, as instituições responsáveis pela produção ideológica (formação das ideias e conceitos) da sociedade. A superestrutura é determinada pela infraestrutura, ou seja, a maneira pela qual a economia de uma sociedade é organizada irá influenciar nas ideologias presentes na sociedade. Tudo o que não pertence à esfera da produção de mercadorias (infraestrutura) pertence ao que Marx chama de superestrutura (instituições jurídicas e políticas, representações mentais, etc.)
Sabemos que no capitalismo o trabalhador vende ao proprietário a sua força de trabalho (vista como mercadoria), muitas vezes o único bem que tem. O que podemos afirmar que mudou a forma de ser e pensar do homem até os dias atuais.
Nos Manuscritos Econômicos e Filosóficos, especialmente no Primeiro Manuscrito, Marx apresenta um conceito de trabalho diferente daquele da crítica ao capitalismo. Nessa obra, ele expõe uma visão filosófica a respeito da existência humana,