Karl Marx
Fora do âmbito das Ciências Sociais, Marx é mais conhecido pelos seus escritos sobre o comunismo.
Ele afirmava que a classe operária derrotaria a classe dos patrões, o que resultaria numa utopia em que o Estado se iria gradualmente enfraquecendo e os princípios de funcionamento da economia se baseariam na máxima "De cada um consoante as suas capacidades e a cada um consoante as suas necessidades".
A contribuição de Marx para o pensamento sociológico foi principalmente a sua perspectiva da "Teoria do Conflito", na qual a organização social e a sua mudança se baseiam nos conflitos intrínsecos à sociedade.
Ele não definiu a perspectiva nem inventou a expressão. Os que usam a sua perspectiva retiraram o termo dos seus escritos.
As suas noções de mudança foram construidas a partir do trabalho de um filósofo, Hegel, que desenvolveu o conceito da dialética.
Esta noção baseou-se na ideia de que tudo encerra em si mesmo as sementes da sua própria destruição, mas que uma nova forma de organização surgiria das cinzas resultantes daquela destruição.
Algumas pessoas vêem aqui semelhanças com os mitos clássicos gregos e latinos sobre a Ave da Fénix, que voa demasiado próxima do Sol e arde, e com os mitos da Criação do povo Athapaskan, oriundo das Grandes Planícies da América do Norte.
Marx aproveitou esta ideia da dialética e aplicou-a à sociedade, afirmando que as origens da mudança social são todas materialistas e não basedas em ideias ou emoções.
Nos nossos termos, isto significa que elas pertencem às dimensões culturais da tecnologia e da economia.
À medida que a tecnologia se desenvolveu e os povos passaram de caçadores-recolectores à prática da agricultura (horticultura e criação de gado) e à Revolução Industrial, as mudanças