O conceito de alienação aparece em toda a história da filosofia, ora com contornos religiosos, ora metafísicos, ora morais, recorrendo-se ainda a categorias como "natureza humana", "queda", "falta", "mal". Marx rejeita as explicações que se valem do conceito de consciência e a elas opõe a análise das condições reais do trabalho humano: é na vida econômica que a alienação não tem origem. Quando o operário vende no mercado a sua força de trabalho, o produto não mais lhe pertence e adquire uma existência independente dele próprio.Mas a perda do produto determina outras perdas para o operário: ele não mais projeta ou concebe aquilo que vai executar (dá-se a dicotomia concepção-execução do trabalho, a separação entre o pensar e o agir); com o aceleramento da produção, provocada pela crescente mecanização do trabalho (linha de montagem), o operário executa cada vez mais apenas uma parte do produto (trabalho parcelado ou trabalho "em migalhas"); o ritmo do trabalho é dado exteriormente e não obedece ao próprio ritmo natural do seu corpo.O produto do trabalho do operário subtrai-se portanto à sua vontade, à sua consciência e ao seu controle, e o produtor já não mais se reconhece no que produz. O produto surge como um poder separado do produto, como uma realidade soberana ae tirana que o domina e ameaça.Para Marx, o indivíduo necessita de trabalhar, não somente para sua subsistência, mas também para o desenvolvimento intelectual e aprendizagem. Quando essa prática de trabalho não leva o indivíduo a raciocinar, o mesmo está praticando um trabalho alienado. Eis então a preocupação de Karl Marx com a alienação do homem nessa nova forma de sociedade, a capitalista, que explora o homem na produção. Essa alienação dar-se quando o funcionário não reconhece o seu trabalho no objeto produzido, por conta de uma produção coletivizada aonde o trabalhador não necessita do conhecimento geral da indústria, mas somente precisa conhecer perfeitamente a sua função mecanizada na produção do