Karl Marx e Émile Durkheim

Karl Heinrich Marx é o mais crítico dos três autores clássicos da Sociologia, pois seu modo de pensar atacava diretamente as consequências negativas do Capitalismo e de sua sociedade industrializada, que gerou uma nova classe social, mas também gerou desigualdades sociais ainda mais graves do que no período feudal, quando o homem, pelo menos, era dono de alguma terra e o seu trabalho produzia riqueza, mesmo que apenas substancial, para si e sua família. Isso não ocorre no sistema capitalista, dividido em duas classes distintas: a do proprietário, o industrial, e do operário, aquele que não possui nada e ainda precisa vender a si mesmo para subsistir.

O pensamento de Karl Marx, portanto, gira em torno da sociedade capitalista. Ele parte do pressuposto de que o homem é um animal que cria suas próprias condições para satisfazer suas necessidades. Com o Capitalismo, “novas necessidades” são criadas. Sendo a necessidade a mãe das oportunidades, uma minoria dominante emprega seu capital para que outro, sem as mesmas posses, empregue sua força de trabalho. Como a intenção nesse sistema é gerar capital, lucrar, ao operário, que contribui com o trabalho, fica o cargo de gerar esse lucro, tratado como mais uma propriedade do capitalista.

Portanto, para o pensador alemão, as relações sociais decorrem dos modos de produção. Por mais que um operário (re)produza um bem comercial, seu salário continuará o mesmo, em contrário ao lucro do proprietário, que aumenta na mesma proporção da produção, porém sem sofrer o prejuízo da partilha do maior ganho. Marx conceituou essa desigualdade de Mais-Valia. Esse pensamento contribuiu muito com o desenvolvimento da Sociologia, que é ainda muito autêntico nos dias atuais, em que o Capitalismo gerou o consumismo desenfreado e o Neo-liberalismo.

Émile Durkheim iniciou seus estudos sob a influência do Movimento Positivista, que apenas considera os fatos que podem ser observáveis e, portanto, passíveis de comprovação científica: “os