Kant
Era de uma família muito fervorosa em sua fé cristã, razão pela qual a convicção religiosa do próprio Kant foi um elemento muito importante para a sua filosofia. Havia duas possibilidades em discussão: o mundo seria exatamente como nós o percebemos, ou como se mostra à nossa razão. Kant achava que tanto os sentidos quanto a razão eram muito importantes para a nossa experiência do mundo. Contudo, ele achava que os racionalistas atribuíam uma importância exagerada à razão, enquanto os empíricos eram parciais demais ao defender a experiência centrada nos sentidos. Como ponto de partida, Kant concorda o fato de que devemos todos os nossos conhecimentos às impressões dos sentidos. Nossa razão também contém pressupostos importantes para o modo como percebemos o mundo á nossa volta. Em nós mesmos, portanto, existem certas condições que determinam nossa concepção do mundo. Não importa o que possamos ver, sempre perceberemos o que vemos sobretudo como fenômenos no tempo e no espaço. Kant chamava o tempo e o espaço de "formas da sensibilidade". E ele sublinhava que essas duas formas já existem em nossa consciência antes de qualquer experiência. Isto significa que podemos saber, antes de experimentar alguma coisa, que vamos experimentá-la como fenômeno no tempo e no espaço. Somos incapazes, por assim dizer, de tirar os óculos da razão. Kant explica que o espaço e o tempo pertencem á condição humana. Tempo e espaço são sobretudo propriedades da nossa consciência, e não atributos do mundo físico. Kant afirma que não é apenas a consciência que se adapta às coisas. As coisas também se adaptam à consciência. O próprio Kant chama isto de "a virada de Copérnico" na questão do conhecimento humano. Com isto ele quer dizer que esta reflexão é tão nova e tão radical em relação á tradição quanto a afirmação de Copérnico de que a Terra gira em torno do Sol, e não o contrário. Para Kant, até a lei de causalidade, que, segundo Hume, o homem era incapaz de experimentar, é elemento