Kant

661 palavras 3 páginas
Para Immanuel Kant, todos nós, seres humanos, somos dotados de uma razão pura. E é exatamente esse nosso conhecimento implícito de uma razão que faz com que entendamos uma lei moral, que rege os princípios do que é melhor para todos. Esse pensamento quebrou alguns dogmas de alguns filósofos contemporâneos de Kant, que diziam ser “a razão algo divino” – que vinha mesmo de DEUS -, ou ainda, “a razão era movida para uma ação de bem-estar geral”.

Kant foi inúmeras vezes criticado, a meu ver, sem muito fundamento, quando cria a sua lei moral. Muitas pessoas, até hoje, criticam-no dizendo que ele estabelece a lei moral como detentora de regras fixas. No meu entender, sua lei moral tem o intuito de revelar uma capacidade humana de viver em sociedade. Sua obra metafísica dos costumes vem a dissipar esse pensamento extremamente formal, pois na obra, Kant relata a moralidade como um elemento que busca uma finalidade objetiva. Pensando agora em Wittgenstein, poderíamos dizer que se tratam de jogos de linguagem em que o homem se insere para, através das regras estabelecidas socialmente, acionar seu conhecimento objetivo da moralidade e, assim, conseguir atingir o seu intento.

Não quero ser o advogado do diabo aqui e tentar “tirar o homem da forca”, mas uma leitura mais cuidadosa poderia apontar alguns reajustes na fala kantiana. Claro que o filósofo do conhecimento sempre parte de uma base universalista, e isso, sem dúvida nenhuma, compromete demais seu trabalho.

Como já dissemos em posts anteriores, pensar em elementos universais, ou verdades puras, sempre vai trazer refutações. As realidades que o próprio Kant considera como sendo a priori – conhecimento independente da experiência – e a posteriori – verdades cognoscíveis no contato da experiência -, poderiam ser, como costuma dizer Duque, o pulo do gato. Mas, na hora em que o gato saltou, ele esqueceu do pára-quedas…

O a posteriori kantiano fala de um conhecimento que advém da experiência, mas que só é

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