Kant
A sua formação caracteriza as suas obras e pensamento a respeito do indivíduo e a sua ação em sociedade, principalmente, em considerar que a ação do indivíduo deveria ser livre e consciente de modo a tornar-se uma lei universal. Assim o filósofo Immanuel Kant formulou o "imperativo categórico", ao fundamentar na razão os princípios gerais da ação humana
Na visão de Kant o saber racional estava ligado à física, que tem como objeto a natureza, e a filosofia moral, cujo objeto é a liberdade. Entretanto, é o conhecimento das leis da razão que constitui a lógica. A ciência desses princípios é chamada por Kant de metafísico, ou seja, é explicado pelo sobrenatural, não pode ser provado, mas existe pela sua essência. Para provar que o ser humano é um ser livre é preciso que exista a ideia de liberdade. A esse fenômeno Kant chama de metafísica moral.
A metafísica moral direciona-se à justiça e a virtude, que tratam das leis da liberdade em oposição às leis naturais. A distinção se dá na forma como as leis são cumpridas. A mera conformidade caracteriza a lei natural; a ação moral é caracterizada pelo dever em cumprir a lei. O cumprimento da lei jurídica se dá pela coação, já na lei moral, além da obrigatoriedade a ação é tida como um dever, principal fundamento da filosofia kantiana. O ser humano obedece à lei que é criada por ele mesmo e não pela imposição do governo. E é o cumprimento dessa lei que vai caracterizar a organização do Estado.
Na sociedade humana o funcionamento da norma imposta é arbitraria, pois o ser humano deve elaborar suas próprias leis. É elaborando suas próprias leis e ao cumpri-las que o ser humano cria o princípio de liberdade. Não que a liberdade vá deixar de existir pela existência da lei, pois se a lei deixa de ser imperativa para se tornar moral, ela se tornará universal.
A doutrina kantiana de direito atribui que o direito subordina-se a certos valores materiais: a ordem pública, ou a igualdade. Pois em se tratando de convívio