KANBAN NA INDÚSTRIA DE ROUPAS
A busca da competitividade tem levado profissionais ligados à organização da manufatura a procurarem procedimentos administrativos e de produção mais eficientes, com uma tendência à adoção de equipamentos e processos mais flexíveis e uma constante busca de eficiência e agilidade na manipulação de dados e informações do sistema produtivo.
A alta taxa de inovações dos produtos e variações na demanda, que são características da indústria do vestuário, são problemas que precisam ser contornados, de acordo com a concepção de manufatura moderna, com a busca da flexibilidade do sistema de produção (TAVARES, 1990). Segundo o autor, as indústrias do vestuário, segundo suas características de processo, seriam um espaço tipicamente adequado à aplicação de técnicas de flexibilidade e as chamadas inovações organizacionais: Just-in-time, Kanban, etc.
No entanto, o que se verifica na indústria do vestuário é que seus processos produtivos deixam muito a desejar em relação à concepção de manufatura moderna. Buscando melhorar a competitividade do processo produtivo, aumentando a flexibilidade para melhor atender ao mercado consumidor com menores prazos de entrega de produtos acabados, redução de custos de fabricação e melhor qualidade, uma empresa de confecção de roupas situada em João Pessoa adotou princípios da técnica Kanban, adaptando-os às características do seu sistema de produção.
A APLICAÇÃO DO CONTROLE KANBAN NA EMPRESA
O sistema de produção da empresa é dividido em linhas de montagem por produto, é por ordens que reúnem de 500 a 1.000 unidades de produto final que recebem o mesmo processamento desde o corte até o acabamento. A operação de cortar é realizada em máquina computadorizada que possui uma alta produção, utilizando o tecido infestado (25 a 30 camadas sobrepostas).
Uma linha de montagem de calças produz diariamente, em média, 720 unidades, utilizando, para tanto, na faixa de 71 funcionários. Além do corte, só são utilizadas