Justificava técnica aplicação nbr 6118

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Só com atraso consigo responder à sua msg, o que faço com muito gosto pois o assunto tem a minha atenção. Segundo sua informação, o gestor do órgão público necessita de uma justificativa técnica que o deixe confortável em autorizar a adaptação do projeto à nova Norma, sabendo que, com essa decisão, encarecerá a obra.

A minha contribuição prende-se, exclusivamente, à busca dessa justificativa técnica. Suas demais questões ficarão sem resposta. Vou ser um tanto extenso, por julgar necessário. Peço-lhe paciência!

A crise do petróleo ocorrida em 1973, em que os preços do barril tiveram grande aumento, obrigou a indústria de cimento a uma revisão radical nos seus processos de fabricação, com vistas à redução do alto consumo dos derivados de petróleo no aquecimento dos seus fornos. Essa revisão resultou na decisão de abolir o cimento portland e passar a fabricar cimentos com adições de outros materiais, ditos cimentos compostos, com o que se reduziu muito o consumo de combustíveis. A adição desse materiais (como pozolana, escórias, etc) exigiu alterações nas características do velho cimento portland. Por questões práticas e comerciais, não bastava ter a mesma resistência aos 28 dias. Era necessário que o novo cimento tivesse o mesmo tempo de pega e a mesma resistência aos 7 dias de antes. Os pesquisadores fizeram um bom trabalho e encontraram a resposta: com aumento da finura do cimento e do teor do silicato tricálcico, o novo cimento passou a assemelhar-se ao antigo. Foi um sucesso de resultados. O cimento composto além de ter as mesmas características, produzia argamassas e concretos mais resistentes do que o portland. De fato, com o mesmo traço que usávamos na década de 70 para obter o concreto C15, hoje, produzimos o C25!! Como os engenheiros especificam resistência, estava na finura a chave para garantia e ampliação de mercado. Os fabricantes passaram a produzir cimentos cada vez mais finos, apesar de desnecessário: os cimentos

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