Juntas
As juntas de movimentação têm por função limitar as dimensões do painel de alvenaria a fim de que não ocorram elevadas concentrações de tensões em função das deformações intrínsecas do mesmo. Estas deformações podem ter sua origem em movimentações higroscópicas (capacidade dos materiais de absorver e liberar água), modificando o volume quando varia o conteúdo de umidade; em variações de temperatura; ou em processos químicos, como reações de expansão de materiais presentes nas juntas e ou blocos.
Cada movimento na parede é controlado em alguma extensão pelo grau de restrição ao qual a alvenaria está submetida. Aliás, o efeito real do movimento para o mesmo, nível de restrição pode variar de acordo com a forma geral do prédio e em muitos casos não pode ser quantificado. Pela quantidade de fatores envolvidos, a definição da magnitude das deformações que sofre a parede é um problema complexo que não pode ser resolvido pela simples adição ou subtração dos valores individuais de movimento térmico, movimento por variações de umidade, fluência, deformação imposta, etc.
Os códigos e diferentes pesquisas, se limitam a fazer recomendações práticas que têm caráter geral. Estas recomendações estão dirigidas a orientar os lugares onde se devem localizar as juntas e o espaçamento que deve existir entre elas.
Em relação a qual deve ser o espaçamento das juntas para limitar as dimensões máximas de uma parede, podem ser citadas algumas recomendações. Por mais geral que seja o critério, normalmente estes são estabelecidos segundo o tipo de componente.
Na alvenaria de blocos de concreto a tendência fundamental é a que o material sofra retração reversível, enquanto que na alvenaria cerâmica a principal causa de movimento é a expansão por variações de umidade e temperatura. O princípio básico consiste em que a distância entre juntas de movimentação vertical seja tal, que a deformação longitudinal induzida na parede não seja maior que sua