Jung e o inconsciente
A sociedade está sempre em construção e desconstrução, um binômio natural e relevante para a progressão humana. Neste sentido, é indispensável mensurar o caráter cultural, social, religioso, econômico que condiciona o homem a tais fenômenos sociais. Assim, nos remetemos a idéia Arquetípica e do Inconsciente Coletivo, de C.Jung, em que somos indubitavelmente levados a proferir uma constante repetição de uma mesma experiência, durante muitas gerações, uma vez guiados pelo nosso inconsciente e condicionados pelo subjetivismo social. Ao nosso ver e de acordo com nossos entrevistados, ratificamos tal idéia, ao mesmo tempo que ressaltamos a importância desta para a compreensão fenotípica da sociedade. Sem pretensão de exaurir a temática, objetivamos discutir e analisar de maneira singular, nossas considerações sobre a questão acima explanada.
Aspectos Conceituais
Do ponto de vista conceitual, temos a idéia de arquétipo como sendo o primeiro modelo ou forma que criamos sobre algo. Tal conceito, foi organizado e reestruturado de maneira singular por C.G.Jung, considerado o fundador da Psicologia Analítica. Para ele, arquétipo é uma espécie de imagem primordial baseada profundamente no inconsciente coletivo de toda a humanidade.
A questão do inconsciente já havia sido discutida por diversos analistas, como por exemplo Freud. Freud reduziu o inconsciente a uma natureza exclusivamente pessoal, uma espécie de caráter superficial egocêntrica. Porém, Jung instaurou uma nova idéia bem mais profunda e complexa que não se baseia apenas em aquisições pessoais , mas também com suas origens inatas e via experimental. Nesse contexto, Jung viabilizou a expressão inconsciente coletivo. Faz-se mister ressaltar o caráter cultural, social,religioso, econômico e sobretudo histórico que condiciona o homem a tal fenômeno arquetípico.
Dessa forma, o homem reproduz uma constante repetição de uma mesma experiência como também ideologia e dogmática de maneira autônoma