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Se quisermos pensar, em consonância com Benevides (2005), nos compromissos ético-políticos da psicologia diante do Sistema Único de Saúde, por exemplo, o conectivo nos auxilia. A autora pondera que essa aproximação deve se pautar por um princípio de transversalidade. Em suas palavras, “a Psicologia, como qualquer outro campo de saber/poder não explica nada. (...) É no entre saberes que a invenção acontece” (Benevides, 2005, p. 23).
Cabe ressaltar que a psicologia não se reduz às discussões de saúde, não pode fazê-lo pelo próprio compromisso histórico que tem de inserção em outros campos de atuação e em outros modos de produção de conhecimento (Ferreira
Neto e Kind, no prelo). Entretanto, em sua aproximação com a saúde, deve delinear suas contribuições.
Além do uso da conjunção e, é comum se encontrar a denominação psicologia da saúde, com pretensões de configuração de contornos mais precisos e de uma construção de identidade profissional mais claramente estabelecida.
Criada na década de 1970 como grupo de trabalho pela American Psychological
Association – área 38, Health Psychology –, a psicologia da saúde se dedica a compreender fatores biológicos, comportamentais e sociais que influenciam na saúde e na doença, com ênfase na prevenção e promoção da saúde (Castro e
Bornholdt , 20 04). Com ampla repercussão em países europeus e latino-
-americanos, no Brasil esse subcampo encontra resistências, pois compete com inserções específicas da psicologia em hospitais, na saúde pública e em alguns âmbitos da clínica, ressaltam Castro e Bornholdt.
Quando se usa a expressão psicologia na saúde, com alusões a um trabalho do psicólogo em campos e em contextos de saúde, isso também cria alguns problemas. A psicologia que se faz na saúde