Judaismo x islamismo
O conflito na Palestina existe desde que se deu a criação do Estado de Israel, em 1947. Essa guerra, que dura até hoje, parece não ter fim. Hoje Israel enfrenta a ira de grupos terroristas árabes que, obstinados em “libertar a Palestina” do jugo israelense, defrontam-se com a política de retaliação do Estado judeu do “olho por olho”. Com os ataques terroristas aos EUA, em 11 de Setembro de 2001, pôs-se em voga um polêmico debate sobre as razões da revolta de grupos radicais islâmicos – árabes ou não –, contra o maior símbolo do domínio ocidental. Esse episódio encontra-se diretamente ligado ao conflito palestino, pois Israel é, na visão dos extremistas árabes palestinos, um pedaço deste “ocidente odiável”, que deflagrou a submissão dos povos árabes e islâmicos desde o século XIX, começando com o domínio do Norte Africano pelas potências anglo-francesas e chegando, a partir de 1922 , ao controle do Oriente Médio. As comunidades judaicas em todo o mundo tornam possível a existência de Israel através de seu apoio financeiro e político, em particular os cidadãos canadenses e os dos Estados Unidos, que são judeus por religião e que têm a maior força financeira e política nessa matéria; essas comunidades certamente influenciam o governo norte-americano nas decisões sobre o conflito palestino. Não é à toa que Israel, aproveitando-se da guerra propagada pelos EUA contra o terrorismo internacional, aumentou seus domínios sobre a Palestina, invadindo cidades nunca antes usurpadas (Jenin, Ramallah e Jericó) e matando dezenas de palestinos; isso tudo com um tímido e escondido consentimento estadunidense, que, utilizando-se de uma política apaziguadora muito lenta, fez transparecer à opinião pública mundial sua verdadeira posição. A instabilidade na Palestina passa a interessar diretamente às potências ocidentais, na medida em que os países árabes exportadores de petróleo podem se utilizar do boicote à venda do óleo negro para o ocidente, como forma de