José sobral de almada negreiros
Expõe individualmente pela primeira vez em 1913, na Escola Internacional, apresentando 90 desenhos; estabelece contacto comFernando Pessoa na sequência da crítica à exposição que este publica em A Águia. Nesse mesmo ano participa na II Exposição dos Humoristas Portugueses; colabora como ilustrador em jornais; escreve a sua primeira obra poética; prepara o primeiro projeto de bailado (O sonho da rosa); desenha o primeiro cartaz (Boxe). No ano seguinte colabora como diretor artístico no semanário monárquico Papagaio Real [10].
Em 1915 escreve a novela A engomadeira (publicada em 1917) e o poema A cena do Ódio (publicado parcialmente em 1923); colabora no primeiro número da Revista Orpheu e publica o Manifesto Anti-Dantas e por extenso, por ocasião da estreia da peça de teatro Soror Mariana Alcoforado de Júlio Dantas, reagindo indiretamente às críticas negativas desse conhecido médico e escritor à Revista Orpheu [11].
Em 1916 participa na exposição da Galeria das Artes de José Pacheko (1885 – 1934), com receção crítica ambivalente. Troca correspondência com Sonia Delaunay, então a residir com o seu marido Robert Delaunay em Vila do Conde, redigindo esboços para poemas e bailados; projeta exposições – nunca realizadas –, em Barcelona e Estocolmo, com Amadeo de Souza-Cardoso,Eduardo Viana, Sonia e Robert Delaunay [12]. Nesse mesmo ano publica o manifesto de apoio à I Exposição de Amadeo de Souza-Cardoso, em Lisboa, tornando-se num dos primeiros defensores da sua obra em território nacional. Nas palavras de Almada, "Amadeo de Souza-Cardoso é a primeira Descoberta de Portugal na