José Manoel da Conceição: o evangelista itinerante - Wilson Santana Silva.
Na primeira parte de seu livro, Ideias Novas e Velho Catolicismo, o autor afirma que o Jansenismo foi um movimento criado por Cornélio Otto Jansen, bispo de Ypres. E que se inspirou na doutrina de Agostinho de Hipona. Este movimento visava além de uma reforma na estrutura do Catolicismo, uma vida de muito rigor doutrinário de moral. Descreve também sobre o Galicanismo, que pretendia forma uma igreja nacional francesa, independente de Roma. Destacam-se nomes como: Gerson, Bossuet e outros. Sobre os Oratorianos, fundado por São Felipe de Nery em Roma. Era uma ordem de sacerdotes sem votos e pouca rigidez na estrutura.
Marquês de Pompal, Sebastião José de Carvalho e Melo, desejava que a nação portuguesa fosse moderna que investisse em primeiro lugar nas letras e nas ciências. Seus aliados seriam os Oratorianos. Para ele os jesuítas estavam mergulhando o país em trevas moral e intelectual e deveriam ser expulsos de Portugal. O rei passa a ter poder e decisão plena sobre as atividades dos párocos e da organização eclesiástica. No Brasil a igreja estava sob o poder do rei, que recebia investimentos financeiros da coroa, inclusive protestantes.
A Teologia usada como base na instalação do Jansenismo no Brasil foi a de Lião. Era ensinada nos seminários portugueses e brasileiros. O Catecismo de Montpelier também foi usado, de autoria de Francois-Aimé Ponget. Em Itu, os Padres do Patrocínio, viviam uma vida de total piedade e de profundeza moral em um mundo onde se viviam ministérios de maneira medíocre, destaca o autor.