José de alencar (1829 - 1877)
José Martiniano de Alencar nasceu em Mecejana, no Ceará, em 1 de maio de 1829 e faleceu no Rio de
Janeiro (vítima de tuberculose contraída na mocidade) em 12 de dezembro de 1877.
O escritor formou-se em Direito e teve uma brilhante carreira de advogado, jornalista, deputado, ministro da justiça, orador, dramaturgo e, sobretudo, romancista.
Embora não tenha sido propriamente o criador do romance romântico, título que cabe a Joaquim Manuel de Macedo, Alencar é considerado o maior romancista de nossa literatura e um dos nossos melhores escritores de todos os tempos.
Tinha um estilo poético lírico, livre, muito pessoal. Seus romances trazem os aspectos históricos da formação do nosso povo, da nossa gente. Através de sua linguagem, os costumes, o meio ambiente e a paisagem são valorizados e o ser humano aparece integrado a eles.
Seus romances podem ser catalogados e divididos em quatro grupos principais:
Romances Urbanos
Focalizam o meio social carioca da época (o Segundo Reinado). Criticam com rigor a idolatria ao dinheiro, os costumes burgueses, os conflitos sociais que se refletem no relacionamento homem-mulher.
Obras: Cinco minutos (1856); A Viuvinha (1857); Lucíola (1862); Diva (1864); Sonhos Dóuro (1872); Senhora (1875); Encarnação
(1877).
Romances Regionalistas Exaltavam os valores locais e americanos
Obras: O Gaúcho (1870); O Tronco do Ipê (1871); Til (1872); O Sertanejo (1875)
Romances Históricos
Reconstituem nosso passado histórico, aspectos coloniais e o sentimento nativista.
Obras: As Minas de Prata 1º Vol. (1865); 2º Vol. (1866); A Guerra dos Mascates 1º Vol. (1871); 2º Vol. (1873).
Romances Indianistas
Focalizam os primeiros donos do Brasil e seu contato com a civilização portuguesa.
Obras: O Guarani (1857); Iracema (1865);Ubirajara (1874).
Nota: Deve-se levar em consideração que O Guarani e Iracema, além de romances indianistas, são considerados também, por alguns estudiosos, romances de linha