JOSUÉ GUIMARÃES
Josué Marques Guimarães foi um escritor brasileiro. Tornou-se famoso nacionalmente pelos seus romances, mas iniciou sua vida como jornalista muito cedo. Já no jornal do colégio, escrevia cerca de seis artigos por edição e apresentava nos finais de ano, peças teatrais de sua autoria. Antes de completar vinte anos de idade, mudou-se para São Paulo, à procura de um emprego. Começou como ilustrador e redator, simultaneamente.
Ao longo de sua vida desempenhou mais de dez profissões, como repórter, redator, redator-chefe, cronista, comentarista, diagramador e ilustrador.
Em 1951, foi eleito o vereador mais votado do município de Porto Alegre, onde atuava com mais freqüência nas obras públicas, que beneficiavam o povo.
Trabalhou em periódicos nacionais como Folha de São Paulo, Jornal do Brasil, e em jornais gaúchos como Zero Hora e Correio do Povo. Cobriu a Revolução dos
Cravos, em Portugal, e as conseqüentes independências, na África. Consagrou-se com suas crônicas de cunho político, sempre muito críticas e irônicas.
Josué Guimarães faleceu vítima de câncer intestinal.
Maiorias das suas obras tinham característica de romance e ação. Sua visão crítica da realidade, já esboçada nos primeiros contos, é constante em toda sua obra ficcional. Retirando a matéria prima de seus romances da paisagem regional, procura refazer o sistema de relações sociais, caracterizando, então, o discurso ideológico da sociedade sul-rio-grandense.
“Assim, criando universos ficcionais incomuns, retratou aspectos do Rio Grande do Sul que poucos conheciam.” Narra a trajetória de uma família gaúcha no início do século XX. O livro usa como recurso o fato de o protagonista ver sua vida em flashbacks em uma tela de cinema. O então velho Camilo Mortágua, vivendo os primeiros dias da ditadura militar no Brasil, relembra os fatos de sua infância, como a falência nos negócios familiares, e de seu tempo adulto, tal como a sua ascensão como diretor de uma