Jornalismo Político
Com o mandato completo, a disputa das eleições 2014 fica inviabilizada; por outro lado, 7 governantes optam por sair
Por Fernando Vilela
Brasília – Seis governadores vão permanecer em exercício do mandato com vencimento no fim do ano e, sendo assim, iniciarão 2015 sem cargo. O dobro se compararmos a 2010, ano em que apenas três chefes de Executivo não optaram por sair para disputa de eleições. Nesse ano sete governantes escolheram sair para abrir vaga a parentes ou si próprio. A Lei obriga que ocupantes de cargos no Executivo (secretários, ministros, governadores e vices) abandonem seu exercício seis meses antes das eleições.
O prazo finda sábado, mas renuncias precisam ser pedidas em dia útil, ou seja, até sexta feira. Cid Gomes (PROS) do Ceará e Roseana Sarney (PMDB) do Maranhão vão permanecer em exercício do mandato, inclusive foram os últimos a informarem suas respectivas decisões. Cid cogitava optar pela saída para que seu irmão, Ciro Gomes (ex-ministro e secretário da Saúde), ou até mesmo ele pudesse pleitear uma vaga no Senado.
O governador repensou sua estratégia e optou pela permanência com intuito de manter o controle sobre a máquina estadual e abrir lugar ao PROS, que terá um candidato. Com isso a presidente Dilma Rousseff terá dificuldades, já que esperava o grupo Cid -PT com o PMDB do senador Eunício Oliveira, pré-candidato a eleição.
É a primeira vez que a filha de Sarney (PMDB-AP), Roseana, não pleiteará vaga no Senado. O presidente da Assembleia Legislativa, Arnaldo Melo (PMDB), afirmou que não vai convocar eleições após a saída de Roseana – seu vice, Washington Oliveira (PT) eleito em 2010 hoje atua apenas como conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE). Melo tem o direito de governar o Estado. Sarney aposta em Luis Fernando Silva (PMDB) como portfólio. André Puccinelli (PMDB) optou por sair da disputa. Ele não vai se candidatar, mas vai apoiar sua