Jornalismo esportivo
"... O que é uma mulher? Eu lhes asseguro, eu não sei. Não acredito que vocês saibam. Não acredito que alguém possa saber até que ela tenha se expressado em todas as artes e profissões abertas à habilidade humana." Virginia Woolf
A luta por espaço entre o mundo esportivo não é atual. A história polêmica da participação feminina nos esportes é tão antiga quanto os Jogos Olímpicos da Grécia, onde só os homens competiam e as mulheres nem mesmo assistiam aos jogos. As mudanças foram muito lentas, mas as mulheres conquistaram seu espaço no mundo dos esportes.Ainda no final do século XX, as mulheres lutavam para obterem maior participação feminina no esporte brasileiro. A primeira ciclista brasileira a participar dos Jogos Olímpicos foi Claudia Carceoni, em Barcelona/1992, e também foi a única a participar do Tour de France em 1989.
Estas mudanças repercutiram diretamente nos programas esportivos da telinha. As mulheres vieram para soltar o verbo; entendem de basquete, rali, fórmula 1 e futebol. Em geral, aquelas que estão à frente do jornalismo esportivo não deixam de fazer parte do imenso grupo de amantes e praticantes femininas de esportes.
Os programas esportivos de TV deixam sua marca feminina. O Esporte Espetacular é um dos programas mais antigos da TV Globo (1973), mas nem por isso deixa de manter o bom humor e apresentar o lado descontraído do esporte. O programa é chefiado por uma mulher, Vivian Karla, e, dos quatro âncoras que se revezam, uma única vaga é preenchida por um jornalista homem, Tino Marcos.
O Esporte Espetacular é apresentado por Mylena Ciribelli (foto ao lado), apresentadora do programa desde 1991, Mariana Becker e Glenda Kozlowski, todas também no comando do Globo Esporte. Filha de atleta, Mylena sempre se ligou muito ao esporte; pensou até em ser jogadora de vôlei. Conhecida por seu carisma e dotada de um belo timbre de voz, já trabalhou como cantora. Em 1988 começou