JORNALISMO ALTERNATIVO ONTEM, HOJE E AMANHÃ

JORNALISMO ALTERNATIVO ONTEM, HOJE E AMANHÃ

O jornalismo alternativo pode ser descrito como filho do caos. Nascido em ocasiões, quase sempre, adversas esse modo de fazer jornalismo busca ir contra a corrente e revelar o que não é pauta, ou o que a força dominante não quer que seja. O Brasil é um campo fértil a pratica alternativa do jornalismo. Nos tempos do Império, Dom Pedro I sofreu com os pasquins que circulavam, sem periodicidade definida, mas com acidez garantida. A “explosão demográfica” de jornais alternativos aconteceu nos anos 60, mais precisamente durante a Ditadura Militar no Brasil. No auge do poder dos generais, os principais jornais do país Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo e o Globo estavam publicando receitas de bolos e poesias. Já os jornais alternativos (Opinião, O Movimento, O Sol e outros) iam de encontro com o governo e seu principal projeto: o AI-5. A luta era continuar a publicando matérias contra o regime e trazer luz a uma população alienada e acomodada economicamente, graças ao “Milagre Brasileiro”. Com o passar dos anos alguns veículos não resistiram, o jornal “Opinião” cedeu após longos quatro anos de censura prévia. Mesmo assim os “milicos” não tinham paz. O avanço tecnológico abriu uma brecha, e pequenas gráficas com recursos off set prolongavam a vida do jornalismo alternativo. Na história a humanidade mostra seu poder criativo nos momentos de maior desespero. Eventos como guerras, revoluções, ditaduras e crises econômicas, são inspirações para a mudança e a criação do novo. O cinema, por exemplo, viveu grande fase com Sergei Eisenstein e seus inovadores métodos de montagem. Tudo isso era movido pelo ar da Revolução Russa de 17. Um acontecimento que tirou a aristocracia dos czares e instaurou a revolução comunista russa. Transformando toda a história do país, e anos depois do mundo todo com a Segunda Guerra Mundial e consequentemente a Guerra Fria. A história do jornalismo alternativo é intrinsicamente ligada aos