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A cidade de Maceió vem passando por um processo de expansão urbana com crescimento diferenciado pelo redirecionamento dos fluxos históricos de migração que convergiam para o sul do país, que passaram a afluir para a capital do estado a partir da década de 70 do século passado. Modificações na legislação trabalhista contribuíram para acentuar esse êxodo rural, fazendo com que um grande contingente populacional fosse atraído para a cidade em busca de melhores oportunidades de vida (CAVALCANTI e LINS, 2003).
Esse processo de expansão urbana segue os limites físicos de seu sítio natural: o oceano, a Lagoa Mundaú e o aglomerado de grotas e encostas localizadas a nordeste da cidade, com elevadas inclinações. Dessa forma, o crescimento da cidade acontece em três direções: planície litorânea norte, margens da Lagoa Mundaú e tabuleiros1, neste trabalho nos deteremos a área de tabuleiros, eixo de expansão norte da cidade.
O tabuleiro é considerado o principal eixo de expansão da cidade devido as características do seu sítio natural, levemente ondulado com pequenas depressões, logo, propício a urbanização. Vale destacar que o Plano Diretor de Maceió (2005) ratifica essa área como zona de expansão urbana e que a mesma conta com importantes eixos viários estruturantes da cidade.
O bairro Cidade Universitária, objeto de estudo deste artigo, está localizado nessa área de expansão urbana da cidade, estando as margens dos principais eixos de penetração norte da capital alagoana, a BR-104 e a Avenida Menino Marcelo. Outra característica importante da área é que está inserida em uma grande bacia endorréica, responsável pela recarga de aquíferos que alimentam os mais importantes mananciais de abastecimento da cidade.
O excludente processo de urbanização da cidade de Maceió (inclusive pelo acelerado crescimento populacional) incentivou a marginalização espacial, com a pobreza passando a ocupar locais inapropriados e carentes de infraestrutura. Este processo