Jornais

OS MAIAS - O artigo da Corneta do Diabo e episódio do jornal A Tarde
Ariana Nascimento ~ Marina Dias ~ Marlene Leal ~ Miguel Almeida ~ Pedro Mendes

11º B - Maio de 2003

I. Personagens – caracterização, comportamento e dimensão simbólica
1. Carlos da Maia (caracterização complementar)
Carlos da Maia, devido a sua origem familiar e posição económica é representante de um determinado grupo social que, devido ao seu estatuto sócio-económico, leva uma vida desafogada que lhe possibilita uma existência ociosa em Lisboa.
Simboliza a incapacidade de regeneração do país a que se propusera a Geração de 70.
Ao contrário da de um romântico a reacção a longo prazo de Carlos face a um cataclismo da dimensão que é o seu, não é, contudo, de desespero - a energia vital supera a tragédia e não permite de forma alguma que a personagem chegue ao ridículo do fatalismo trágico - "Ainda o apanhamos!...".
2. João da Ega (caracterização complementar)
Amigo inseparável de Carlos. Alter-ego de Eça de Queirós que se revê nesta personagem, quer a nível físico, brincando com a sua magreza, quer a nível intelectual/literário, dando-se conta da sua dualidade romântica e regeneradora.
Ega representa nesta obra o intelectual das grandes ideias, das grandes revoluções sociais; porém nada faz para a sua eventual concretização. Vive num amplo parasitismo refugiando-se por detrás da figura de Carlos. Cultiva a sua própria imagem excêntrica e exuberante, o que aliás é evidenciado na decoração da Vila Balzac (a sua casa em Lisboa).
Eça utiliza-o para poder tomar parte directamente na história e denunciar com caricatura e observações satíricas os valores que a obra num todo condena. Tem no entanto uma conduta íntegra e sempre fiel ao amigo Carlos.
3. Palma Cavalão
Director do jornal A Corneta do Diabo é desonesto e encara o jornalismo como uma forma de ganhar dinheiro deixando-se para isso corromper e subornar.
Representa o jornalismo barato, escandaloso e sem escrúpulos. Tem a alcunha de “Cavalão” por