Ao analisarmos o comportamento do protagonista William Wibeforce (Ioan Gruffudd) podemos facilmente encontrar a defesa de dois valores éticos humanistas, são eles: liberdade e compaixão. E estes valores são perceptíveis na luta que Wibeforce está envolvido. Aos 21 anos foi eleito para o parlamento inglês, e lá começa sua luta para criar uma lei que acabasse com escravidão. Logo no início do filme, podemos ver na atitude de William sua integridade, pois se nega a jogar com o filho do rei quando este quis apostar um negro. Aqui claramente vemos que Wibeforce não irá tratar os escravos como objetivo, “coisa”, algo comerciável, e sim irá reconhecer o seus valores como seres humano, repudiando o comércio escravo. Porém, o protagonista passa por um momento de reflexão profunda, fazendo-o pensar em desistir da política, e se dedicar-se somente a vida e ao ministério religioso. Mas em uma conversa com Newton, um ex-traficante de escravos e escritor do famoso hino “Amazing Grace”, acaba sendo convencido que, permanecendo na luta pela abolição, estaria realizando as duas coisas: política e religião. O maior desejo de Wiliam no parlamento era criar uma lei para a abolição do tráfico negreiro, lutando pela liberdade e pelos direitos humanos dessas milhares de pessoas que foram retiradas à força de seus países, e submetidas a formas desumanas de “trabalho”, sofrendo torturas, contando com má alimentação e condições de higiene precárias ou até mesmo inexistentes. Em uma tentativa de mexer com a compaixão dos envolvidos no tráfico negreiro, Wibeforce convida membros do parlamento para um almoço num navio, e durante este almoço o navio vai se aproximando de outro, o qual vai expelindo um cheiro terrível, nisso William explica que o cheiro que está sendo expelido é o cheiro da morte, maus tratos, tortura, dor, que os escravos eram submetidos, na tentativa de que estes membros de solidarizassem com a causa. Outro exemplo de compaixão e pró-liberdade, foi o abaixo