Jogos
O objetivo do trabalho é discutir e analisar as relações constituintes dos jogos nos processos de desenvolvimento e aprendizagem infantil. Jean Piaget é um dos teóricos mais conhecidos e influentes no campo educacional, e suas pesquisas revelaram o trajeto, o itinerário do pensamento infantil. Para Piaget a inteligência é um longo caminho de construção, sendo que desde o nascimento, a criança interage, de acordo com as suas possibilidades maturacionais, ativamente com o meio físico e social. Ao interagir com o mundo que a cerca, a criança, necessariamente vai incorporando e apropriando da realidade, e aprende gradativamente, através desta interação a pensar e a lidar com os desafios que são postos. A linguagem, a formação de conceitos, a socialização, no percurso do desenvolvimento, sofrem grandes e profundas transformações. Ao abordar estes elementos que são constituídos na formação cognitiva, Piaget destaca a influência dos jogos e brincadeiras na articulação dos mecanismos mentais da criança. Nesta perspectiva, os jogos não somente expressam o desenvolvimento cognitivo, mas atuam como agentes de transformação, mudança e incorporação de conceitos da linguagem e da socialização. Neste sentido, pode concluir que cabe ao educador organizar e orientar os seus alunos, viabilizando as manifestações lúdicas no contexto pedagógico.
CAPÍTULO I
HISTÓRICO DOS JOGOS
O jogo advém do século XVI, e os primeiros estudos foram realizados em Roma e Grécia, destinados ao aprendizado das letras. Esse interesse decresceu com o advento do cristianismo, que visava uma educação disciplinadora, com memorização e obediência. A partir daí, os jogos são vistos como delituosos, que levam à prostituição e à embriaguez.
É no Renascimento que o jogo perde esse caráter de reprovação e entra no cotidiano dos jovens como diversão.
A palavra jogo, do latim “incus” quer dizer diversão, brincadeira. As definições mais gerais que encontramos nos dicionários de Língua