Jogos Cooperativos
Este estudo aponta as implicações da utilização dos jogos cooperativos como estratégia metodológica para uma educação pautada exclusivamente na cooperação em detrimento da competição e da desvalorização pedagógica do conflito. Conceitos e teses de vários autores foram analisados sobre os jogos cooperativos pois seu principal objetivo é o ensino e aprendizagem de cooperação e solidariedade, este estudo amplia a discursão sobre a teoria dos jogos cooperativos abordando aspectos da interação social: a cooperação, a competição e o conflito, os quais se fazem presentes no jogo enquanto categoria mais ampla.
Alguns autores como Johan Huizinga (2007), Roger Caillois (1990) tem sua fundamentação teórica baseada no conceito de que a competição é parte da estrutura dos jogos cooperativos, para (Lovisolo,1999) a competição e o conflito não são fenômenos sociais iguais, o conflito pode surgir quando há divergência de opinião ou distribuição desigual de alguma coisa, que pode assumir a forma de competição e de disputa. Más em contraponto outros teóricos dos jogos cooperativos consideram a competição (principalmente quando desenvolvida de forma exacerbada) como um elemento socializador negativo, por condicionar as pessoas aos hábitos considerados socialmente negativos, tais como a rivalidade, o individualismo, a tensão, a insegurança, a agressividade, etc. (Orlick,1989; Broto,1999, Soler,2005;). Determinados sociólogos que há algum tempo tem estudado os processos de interação social presente nos jogos, consideram tantos seus valores positivos, como também seus valores negativos.
1 DESENVOLVIMENTO
Os jogos cooperativos vêm de um tempo mais longínquo tendo acompanhado o homem em sua história, nas mais diversas atividades. Terry Orlick, principal referência no estudo desses jogos em todo mundo, encontra indícios de sua existência em sociedades e comunidades primitivas fundadas na