Joana D'arc
O estopim da guerra ocorreu quando o rei Eduardo 3º, da Inglaterra, diante da morte de Carlos 4º, rei da França, passou a alegar que teria direito ao trono francês, pois sua mãe era irmã do monarca falecido. Ao mesmo tempo, ocorriam disputas territoriais envolvendo setores da nobreza, principalmente porque a Inglaterra já dominava alguns feudos franceses. Com a nobreza dividida, o partido que defendia a supremacia da França entregou o trono a Felipe 6º, primo de Carlos 4º.
Em meio a inúmeras batalhas, nas quais os dois países disputavam fatias do território francês, quatro reis governaram a França: além de Felipe 6º, Carlos 5º, Carlos 6º e Carlos 7º. Antes que este último assumisse o poder, os ingleses já ocupavam quase toda a França, cuja nobreza, após da morte de Carlos 6º, dividiu-se entre os que defendiam o duque de Borgonha como sucessor do rei e os que tomaram o partido de Carlos, o delfim (o primogênito do rei, herdeiro natural do trono). Joana D'Arc surge exatamente no momento em que o delfim luta para se impor e ser coroado como Carlos 7º.
MÍSTICA E GUERREIRA
Nascida em uma família de camponeses, no lugarejo de Domrémy, na região da Lorena, ao completar 13 anos Joana D'Arc passou a ouvir vozes que a incentivavam a ter uma vida devota e piedosa. Anos mais tarde, as vozes a exortaram a dirigir o exército francês, coroar o delfim e expulsar os ingleses da França.
Obedecendo às vozes que ela acreditava serem de anjos ou santos, Joana se dirige, em 1428, à guarnição da cidade de Vaucouleurs, onde se encontra com Robert de Baudricourt, capitão da guarnição real, e solicita uma escolta para ir ao encontro do delfim. Inicialmente, Baudricourt a despreza, mas diante da verdadeira tenacidade da jovem, que não esmorece com o passar dos meses, acaba cedendo.
Joana viaja, então, a Chinon, onde o delfim