jhon locke
John Locke foi um médico inglês que deu sequência ao empirismo. Sua filosofia é pouco sistemática, com ideias dispersas sobre vários domínios do conhecimento. Como nos diz Thonnard, Locke propõe o amor à tolerância, à ciência positiva e o método cartesiano. Propõe um conhecimento prático. Diz ele: “não há conhecimentos verdadeiramente dignos deste nome, senão os que conduzem a qualquer invenção nova e útil” (de arte medica). Locke era inimigo de todo o tipo de fanatismo, e para ele, o cristianismo da Bíblia basta. Locke irá trilhar um caminho diferente do de Descartes sobre a dúvida inicial, e também de Kant, de um método apropriado à crítica. (Thonnard)
Locke buscará a solução em uma análise psicológica. Para ele, toda a especulação sobre a alma e a influência do corpo sobre as funções psíquicas são inúteis. Locke vai se tornar o verdadeiro fundador da psicologia empírica. Diz Thonnard: “como Descartes, Locke não distingue o domínio sensível do intelectual; considera os fatos de consciência como eles se apresentam à intuição interna”. O filósofo inglês nega que os homens tenham ideias inatas, e que tudo o que conhecemos vêm da experiência. Ele usa termos da escolástica como “fantasma” e “espécie”, mas como notou Thonnard, precisa de esclarecimentos que Locke ignorava por completo. Rejeita, assim, o inatismo de Platão e de Descartes. O espírito, para Locke, é passivo, sendo definido por ele como uma folha em branco, ou tábua rasa, e está destinado a receber às ideias simples pela fonte da sensação e da reflexão. A alma, para Locke, é espiritual, mas sua existência não está demonstrada. Repete, assim, a filosofia de Duns Scot.
A sensação é o que dá as ideias fora de nós. Locke define a sensação como uma percepção pela qual a alma adquire a ideia do objeto exterior. As ideias de sensação dividem-se em qualidades primeiras, ou seja, qualidades do corpo que dele não podem ser separadas, como a solidez, o número, o movimento ou descanso; a as qualidades