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Manfredo Araújo de Oliveira ∗
Introdução
Perdura até nossos dias a atuação da “reviravolta epistemológica” na filosofia ocidental que se articulou de maneira paradigmática na modernidade na filosofia de Kant.
Ainda que se tenham articulado diferentes formas de desconstrução da tradição no âmbito da filosofia contemporânea, suas posturas fundamentais, contudo, permanecem vinculadas à cesura entre pensar e ser da filosofia moderna. Um bom exemplo é o positivismo lógico do início do século XX que a princípio causou grande impacto no que concerne à tese da impossibilidade da metafísica. A crítica de R. Carnap à tradição metafísica1 consiste basicamente na afirmação da impossibilidade de uma expressão racional de suas intuições, o contrário do que acontece com as sentenças das ciências.
Em seu livro “Der logische Aufbau der Welt2” Carnap toma como objetivo a completa logicização do sistema de constituição e isto significa para ele a demonstração de que todos os objetos e todas as sentenças da ciência devem poder ser entendidas como sentenças estruturais. Só desta forma se pode garantir a objetividade do conhecimento científico3. O grande instrumento aqui é a lógica formal moderna como ela foi articulada por Russell e Whitehead e que tem na “teoria das relações” o seu cerne. Carnap distingue duas possíveis formas de sentenças: as descrições de propriedades e as descrições de relações. As ciências dão um passo a mais além das simples relações de relações na medida
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Doutorado em Filosofia. Universität München Ludwig Maximilian, UMLM, Alemanha. Título:
Subjetividade e mediação: estudos sobre o desenvolvimento do pensamento transcendental em Kant, E.
Husserl e H. Wagner, Ano de Obtenção: 1971. Orientador: Max Müller. Mestrado em Teologia. Pontifícia
Universidade Gregoriana de Roma, PUG, Itália. Título: A concupiscência na teologia de Karl Rahner, Ano de
Obtenção: 1966. Orientador: Maurizio Flick.