Jean jacques rousseau
Rousseau representa a passagem da Ilustração inglesa para a francesa. O enfoque de sua teoria deixa de ser a formação do indivíduo, e se torna a formação da sociedade. Ao contrário de Hume, Rousseau não abandona terminantemente a razão. Discordando tanto de Hume como de Descartes, Rousseau propõe que as Idéias Gerais não dizem respeito nem ao conhecimento e nem a experiência, e sim ao estado natural (Razão Prática). No estado natural o homem é bom. Assim é preciso distinguir o homem como deveria ser (estado natural), do homem em que se transformou (evolução dos tempos devido a mudanças exteriores e ao progresso natural do homem). No estado de natureza não há desigualdade, esta foi construída socialmente, é produto do estado social. É preciso distinguir aquilo que está no homem como providência divina e o que foi constituído posteriormente (para Descartes, a natureza foi instituída pela vontade divina e, sendo a vontade divina imutável, a lei natural não se modifica). Rousseau apresenta o conteúdo da razão do homem natural (Razão Prática) bem como os desdobramentos que geraram a desigualdade social no seu “Discurso Sobre as Origens e Desigualdade entre os Homens”. O método aí utilizado é uma indução moral constituído por um rigor lógico e conclusões hipotéticas (já que o estado natural talvez nunca tenha existido, tendo como fim encontrar o momento em que o direito à violência foi aceito e a natureza subordinada à lei, bem como o que levou a opressão de uns pelos outros.
Rousseau distingue dois tipos de desigualdade: a desigualdade natural ou física, por ser estabelecida pela natureza e que consiste na diferença das idades, da saúde, das forças do corpo e das desigualdades do espírito e da alma; a outra que se pode chamar de desigualdade moral ou política, por que depende de uma espécie de convenção e que é estabelecida, ou pelo menos autorizada, pelo consentimento dos homens. A desigualdade moral são os privilégios de uns em detrimento dos outros, a