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GERAÇÃO “CABEÇA BAIXA”Prof. frei Jorge Rocha ofmcap.*
É bom que se diga que a tecnologia não é coisa de hoje. Não foi Bill Gates que lha inventou. Conforme suas origens na Grécia Antiga, a tecnologia é o conhecimento científico (teoria) – teoria quer dizer ver com o espírito - transformado em técnica (habilidade). “A tecnologia envolve um conjunto organizado e sistematizado de diferentes conhecimentos científicos, empíricos e até intuitivos, voltados para um processo de aplicação na produção e na comercialização de bens e serviços” (GRISPUN, 1999, 49). Todas as gerações vivem a sua tecnologia.
Antigamente, uma geração era definida a cada 25 anos. Nos tempos atuais, no entanto, não é preciso esperar muito e - afirma-se - que a cada 10 anos surge uma nova geração. Nesse sentido, a história registrou a Geração Baby Boomer (os nascidos após a Guerra de 1945), a Geração X (geração diretas já e o fim da ditadura), a Geração Y (a geração da tecnologia e da inovação a qualquer custo) e a Geração Z (os jovens nascidos na década de noventa do século passado, cujo perfil é imediatista, com características nano tecnológicas).
Como uma espécie de subgrupo da geração Y e Z, surge a “Geração Cabeça Baixa”. Não entenda “cabeça baixa” como uma atitude de respeito ao interlocutor, atenção aos mais velhos ou uma obediência cega, muito pelo contrário. A Geração “Cabeça Baixa” é imposição, é aquela que não olha no olho porque não tira o olho do seu brinquedo eletrônico (iphone, ipad, tablet e todas as mídias digitais). Essa geração está estabelecendo uma relação interpessoal com as coisas e uma relação coisificada com as pessoas. Que paradoxo! Não se levanta a cabeça para falar com o outro porque o entretenimento privativo é a regra maior. Afinal de contas, hoje, no Brasil, por exemplo, tem mais celular habilitado do que gente registrada nos Cartórios de Pessoas Naturais.
Foi-se observado – pasmem!- que as pessoas se reúnem em bares, eventos sociais e até casais em