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Por Luísa Pécora , de Poços de Caldas | 04/05/2014 14:48 - Atualizada às 04/05/2014 16:24
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Escritora fez palestra neste sábado (3) no Festival Literário de Poços de Caldas; veja principais trechos
Uma das principais atrações do Festival Literário de Poços de Caldas (Flipoços) deste ano, Adélia Prado era anunciada pelos corredores do evento como "a maior poeta viva do Brasil". Quando a reportagem do iG encontrou a escritora, momentos antes da palestra que concedeu no Flipoços na noite de sábado (3), perguntou o que ela achava do título.
"A maior viva?", disse. "Viva, a gente não precisa ser maior de nada. Viva já tá bom, né?"
Luísa Pécora/iG
Adélia Prado posa para foto no backstage do Flipoços 2014
Foi com o mesmo bom humor que Adélia falou ao público sobre afeto, o tema escolhido por ela mesma, e mostrou não ter nenhum tipo de aposentadoria em seus planos.
"Nascer é ser convocado para a guerra. Preciso de toda a minha energia porque não esgoto nada", afirmou. "Não tem um momento da vida em que você fala: 'Estou pronto'. O interessante da vida é a tarefa da vida. É muito excitante estar vivo."
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Em dezembro, mês em que completou 78 anos, Adélia lançou "Miserere", livro de poemas sobre temas como envelhecimento, mulheres, religião e até Steve Jobs.
Católica, Adélia nasceu e ainda vive em Divinópolis (MG), a cidade onde disse ter passado pelas primeiras "experiências poéticas", mesmo sem reconhecê-las. A carreira começou nos anos 1970, quando enviou poemas para o crítico literário Affonso Romano de Sant'Anna, que os repassou a Carlos Drummond de Andrade. "Ele disse que eu era poeta. Aí eu descansei."
Veja os principais trechos da palestra de Adélia Prado no Flipoços 2014:
Poesia
"A poesia é um dom capaz de formalizar a presença da beleza. É um olhar afetivo."
Maus afetos
"Uma vida humana que valha a