Japão
Este facto foi entendido pelas autoridades chinesas como um sinal de que o Japão quer voltar a ter pretensões militares, designadamente interferindo num eventual conflito que a oponha ao regime de Taiwan ou em torno das ilhas Ryukyu e Senkaku (ilhas de Diaoyu para os chineses).
A questão central que se coloca neste âmbito tem a ver com a efectiva capacidade de a China constituir uma ameaça para a segurança do Japão e a esse nível tudo parece indicar o contrário, quer do ponto de vista da qualidade e capacidade das suas forças armadas, quer da definição de prioridades pelo poder central chinês que são, claramente, de índole diversa.
Com efeito, a liderança chinesa está consciente que a melhoria dos actuais níveis de prosperidade só são possíveis com a continuação da «construção da via do desenvolvimento pacífico», ou seja, pela renúncia a tentações belicistas, na esteira da sua tradição não beligerante de séculos.
Contudo, tal não impede que se venha a assistir, nos últimos anos, a uma escalada nas despesas militares com investimentos em novos sistemas de defesa e em novos meios ofensivos, tendo em 2006 a China ultrapassado, a este nível, o Japão pela primeira vez.