Janela Virtual
UMA JANELA VIRTUAL
O homem foi a lua, descobriu a cura de doenças, inventou o telefone, o computador,..., tudo através do avanço tecnológico que cada vez mais se intensifica no mundo contemporâneo. Antes nem se imagina que seria possível falar e/ou ver alguém que estivesse, por exemplo, na China, por meio de uma tela de computador. Era impossível. Mas hoje se pode mais, o mundo virtual nos permite que a imagem torna-se quase uma presença. Ou seja, as tecnologias de comunicação permitem ao homem estar aqui e ali, estar num espaço físico e noutro ao mesmo tempo, independentemente da distância, pois a velocidade de transmissão é muita rápida. Os nossos desejos, atividades físicas e psíquicas necessitam de uma exterioridade que ocorre na virtualização. A exteriorização é feita por todos e na virtualização podemos ter acesso às sensações do outro, nos sistemas avançados da realidade virtual em quase tudo a experiência do outro é semelhança à nossa.
Como relata Lévy, já percebemos a virtualização da sociedade nas novas tecnologias da comunicação, do transporte, da medicina, da economia e da política, repercutindo em uma subjetividade que prima pela mobilidade, que transita pelo diferente. Mas a virtualização não é um fenômeno restrito ao espaço informático. Desde o body building, com as cirurgias plásticas, até os transplantes, os implantes de próteses, ou seja, podemos nos construir e nos remodelar. Tudo faz parte de uma etapa no contínuo processo de autocriação que sustente a espécie humana, onde experimentamos uma sensação de virtualização do corpo.
Para o autor, o virtual seria a dúvida, o ponto de tensão, a hipótese, o desestabilizante,... Virtualizar significa dissolver algo que se apresenta como atualização , no sentido de inscreve-la em um todo maior, colocar nela numa interrogação que a faça tornar-se parte de um complexo problemático superior, o que levará a novas atualizações e novas virtualizações.
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