Jakeline
O professor Jérome Lejeune, especialista em Genética Fundamental e descobridor da causa genética da síndrome de Down, em entrevista, sob o título "O direito de nascer", reportando-se sobre o aborto em crianças com malformações, declarou: "Os fetos que apresentam problemas, as crianças que nascem doentes, com síndrome de Down, por exemplo, tem todo direito de viver, o mesmo direito dos seres humanos considerados 100% saudáveis. Os defensores do aborto dizem que o feto na barriga da mãe, especialmente nas primeiras semanas da gravidez, ainda não é pessoa, ainda não vive. Isso é uma distorção da verdade científica".
Em relação ao aborto eugênico, onde teoricamente seria uma prática em prol da própria criança Lejeune diz: “O aborto resolve o problema dos pais, não o dos filhos. É ingênuo acreditar que os pais defendem o aborto porque o feto tem um problema irreversível. Na verdade, essas pessoas se servem das doenças detectadas pelos modernos exames pré-natais para que tenham o direito de se ver livres de uma criança com malformação, para não terem problema.” E continua: “Sugerir que se elimine esse ou aquele ser humano por que possui esta ou aquela anomalia é um comportamento racista. Os pais que defendem isso não querem ter um filho doente. Então fazem uma espécie de racionalização. Decidem matar a futura criança simplesmente porque ela terá um problema, porque tem um cromossomo a mais. Isso é puro racismo cromossômico. Na síndrome de Down ou trissomia 21, por exemplo, já há um preconceito embutido na sua própria denominação vulgar. Ela é chamada, popularmente, de "mongolismo", porque as crianças que a portam têm um aspecto particular que lembra ligeiramente, para um ocidental, as feições de um tipo asiático. Na Mongólia, porém, a doença não deve ser chamada de mongolismo, mas de "imbecilidade ocidental". (Lejeune, 1991)
Lejeune deixa claro sua opinião contra o aborto, mesmo em casos de anomalias irreversíveis, e critica as