Itaipu
Por Thais Pacievitch
Itaipu, que em Tupi Guarani significa “a pedra que canta”, é a usina hidrelétrica que mais gera energia em todo o mundo. A usina possui 20 unidades geradoras, o que significa que, em condições de clima favoráveis (chuvas em níveis normais), a produção pode chegar a 100 bilhões de quilowatts-hora. Utilizando o potencial do rio Paraná no trecho em que o rio passa pelo estado do Paraná, a Usina de Itaipu é uma empresa internacional, e não estatal como pode parecer. Segundo informações da própria empresa, 19,3% da energia consumida no Brasil e 87,3% da energia consumida pelo Paraguai são fornecidas pela Itaipu.
Itaipu é uma Usina Binacional, pois foi construída a partir da Ata do Iguaçu, documento assinado em 22 de junho de 1966, por ministros do Brasil e do Paraguai, no qual os dois países se comprometeram a estudar o aproveitamento dos recursos hidráulicos presente entre os dois países, que até então era motivo de disputa entre eles.
Em 1974, chegaram as primeiras máquinas ao local, e, no fim do mesmo ano, a infraestrutura para o acampamento dos operários ficou pronta. Até 1978, foram construídas 9 mil moradias para os funcionários, sendo construído, inclusive, um hospital.
Para a construção da barragem, o leito do rio precisou ser secado. Para isso, foi necessária a construção de um desvio para o Rio Paraná, com 150 metros de largura, 2 km de extensão e 90 metros de profundidade. Terminado o desvio, em 20 de outubro de 1978, o Rio Paraná foi desviado do seu curso.
Os números da obra são espantosos. Para a construção da barragem, foram despejados 12,3 milhões de metros cúbicos de concreto. Em um único dia, 14 de novembro de 1978, foram lançados 7.207 metros cúbicos de concreto, com a utilização de 7 cabos aéreos. Isso equivale a 10 andares a cada hora. Em 1980, mais de vinte mil caminhões e quase sete mil vagões foram utilizados no transporte de materiais para a Itaipu. No ápice da construção da barragem,