Isadora holzer

Isadora Holzer de Freitas

1 - As discordâncias entre esses 4 termos são mais em relação aos meios que serão usados do que ao fim (morte).
a) Eutanásia: tem como intenção ser uma morte suave, sem dor; ato médico que tem a finalidade de acabar com a dor e a indignidade da doença crônica ou terminal e no morrer. A preocupação é com a qualidade da vida remanescente.
b) Distanásia: onde a tecnologia médica é usada para prolongar dolorosa e inutilmente o processo da morte, não sendo capaz de distinguir quando as intervenções terapêuticas são inúteis e quando se deve deixar a pessoa encarar a morte em paz; ultrapassa a idéia do bem estar global do doente e fixa-se na quantidade de vida restante e nos recursos possíveis para prolongá-la.
c) Mistanásia: morte miserável, fora e antes da hora. Ex.: os doentes e deficientes que por motivos financeiros, sociais ou políticos não conseguem nem ao menos entrar no sistema de atendimento médico, ou os que conseguem ser pacientes mas se tornam vítimas de erro médico e ainda aqueles que acabam sendo vítimas de má-prática por motivos econômicos, científicos ou sociopolíticos.
d) Ortotanásia: procura respeitar o bem-estar global do paciente, garantindo a dignidade tanto no viver quanto no morrer; permite ao paciente terminal e àqueles que o amam, enfrentar o destino da morte com certa tranqüilidade pois, nesta maneira de pensar, a morte não é uma doença a ser curada, é algo natural da vida. Sabe distinguir entre manter a vida (quando for o procedimento correto) e permitir que a pessoa morra (quando sua hora chegou).

2 - -> Mistanásia por omissão: é a mais existente nos países de Terceiro Mundo, são exemplos a fome, qualidade de vida precária, condições terríveis de trabalho, isso tudo contribui para disseminar a péssima qualidade de saúde.
Quando os recursos financeiros de uma população não garantem a qualidade no atendimento médico; sendo a mistanásia um provável destino para os moradores de rua e de quartos minúsculos em